Luz na Escuridão - Passo 1
- Isilda Nunes

- 7 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 21 de fev.

São momentos altamente desafiantes estes que a humanidade está a viver neste tempo. O que parecia impensável está a acontecer: guerras a eclodir por todos os lados, massacres, genocídios, ameaças de armas nucleares, etc..
O tempo em que os humanos estavam a redescobrir a sua verdadeira natureza de harmonia e paz passou por nós como algo adquirido e a ideia destes conflitos parecia já ter sido descartada para sempre.
‘Ninguém no seu perfeito juízo iria começar uma guerra’ – era quase um dado adquirido com as experiências passadas; e, de alguma forma, ficámos confortavelmente colocados nessa posição, confiando e apostando nas novas tecnologias, proporcionando às novas gerações conforto e novos passatempos que as foram afastando das realidades e problemas quotidianos.
No mundo imaginário desenvolvido com jogos de guerra e outros que tal o valor da vida humana… e não só, o valor de toda a vida no planeta, foi ficando diluído, pois há sempre muito mais vidas à disposição e quando acabam recomeça-se o jogo e tudo fica bem, e a realidade humana deixa de o ser e é substituída pelo mundo digital, pelas novas realidade fictícias e alienatórias.
Não aconteceu de um dia para o outro; foi acontecendo devagar, subtilmente, mudando mentalidades e valores.
Na eterna batalha entre a Luz e a Sombra, o Mal encontrou um meio doce e discreto de se introduzir dentro das casas e das vidas dos seres sem que estes lhe vissem o rosto. Os vícios que usara anteriormente já eram reconhecidos e até alguns podiam ser debelados eficazmente, como o do álcool. Os seus sucessores, drogas várias, também já podiam ser reconhecidas e mesmo tratadas, embora continuem a expandir-se e a destruir um numero demasiado elevado de pessoas.
O Medo tinha de encontrar formas mais eficazes de se espalhar e contaminar, e passou a usar o novo ‘álcool’, a nova ‘droga’, a distracção mais vulgarizada nos tempos presentes: WiFi, audiovisuais, novas tecnologias – com a agravante de, agora, serem as próprias famílias a introduzir o veneno no seu seio.
Os vícios antigos eram maus, mas eram reconhecidos como tal e havia alguma forma de combate social a eles. Os actuais têm muito mais força porque, mesmo começando já a haver alguma noção do mal que podem gerar, tudo e todos estamos a ter alguma complacência por eles, todos usamos os seus benefícios e vamos acreditando que ‘não podem ser eles a origem de tudo’.
A verdade é que não o são - só eles! - mas são as ‘chaves de ignição’, por assim dizer.
Há muitos outros factores a contribuir, é um facto! Se fossem só maus e perniciosos todos os reconheceriam e teriam facilidade em afastar-se. Só que, como dizia Aleixo:
«P’ra mentira ser segura, E atingir profundidade, Tem que trazer à mistura, Qualquer coisa de verdade…» - e assim acontece com as novas ‘mentiras’ do mundo actual.
Sabemos que os nossos pensamentos geram acção. Tudo o que enviamos ao Universo volta para nós. Só não estamos conscientes da força que isto encerra, nem da força potenciada por cada ser que une o seu pensamento ao de outros, e do quanto todos juntos estamos a criar este mundo actual.
Cada um e todos juntos somos os co-criadores de todas as atrocidades que estão a ser vividas. Seria tempo de nos repensarmos como seres e nos recriarmos.
Estamos no período da escolha, da revelação de quem somos de verdade, da responsabilização pelos nossos actos em palavras, obras e, muito especialmente, pensamentos!
Todos recordamos ou conhecemos o trágico episódio do 11 de Setembro e das Torres Gémeas de Nova York. Antes havia sido criado um jogo cuja finalidade era precisamente fazer ruir as Torres… todos os que o jogaram contribuíram inocentemente para o resultado final que se manifestou na realidade terrena naquele dia. O mesmo acontece com todos os jogos de guerra, luta e agressão.
Tudo aquilo em que colocamos a nossa atenção e emitimos irá criar a manifestação no mundo físico, e as energias humanas não se somam: potenciam-se. Assim, se três pessoas estiverem a jogar um mesmo jogo não terão o peso de três emissões e sim de 27. Se pensarmos no número de grupos a fazer o mesmo podemos começar a aperceber-nos daquilo que estamos a criar.
É um panorama algo aterrador quando pensamos no mal para que todos contribuímos de forma inconsciente…. Mas (e este é um bom ‘mas’) o principio é o mesmo para todos os tipos de pensamentos: ‘pensamento gera acção’ – por isso podemos e devemos esforçar-nos por estar atentos ao que pensamos e direccionarmo-nos para pensar o que desejamos que aconteça e repelir o que tememos.
Por tudo isto há que dar um primeiro passo: atenção aos nossos pensamentos!
Comecemos por treinar esta atenção e a consequente reformulação do que pensamos para que criemos o que se deseja e desintegremos o que se teme!
-Só é preciso desejar fazê-lo e treinar, treinar muito!
-Pode ser feito e tornar-se um bom hábito nas nossas vidas!
-Decidamos ser responsáveis por nós e por tudo o que emitimos!
-Confiemos no Poder que há em nós e sejamos:
-Luz na Escuridão!

Boa Noite
Depois de vários dias a ler, refletir e praticar a atenção aos nossos pensamentos, partilho o meu sentir: é como diz no texto "...treinar, treinar muito!"
Aqui está presente a nossa presença na vida.
A atenção e a consistência no treino da vigilância do que habita na nossa mente, que mente.
Este é só um pequenino apontamento da minha reflexão.
Obrigada.
Beijinhos